No
dia 13 de junho de 2017, por ocasião da reunião do diretório da
Rede Iberoamericana de Bosques Modelo (RIABM) na Universidade
Nacional Agrária “La Molina” em Lima, no Perú, foi aprovada a
criação da Floresta Modelo Amazonas-Tapajós. A primeira Floresta
Modelo da Amazônia Brasileira.
Segundo
a Rede Internacional de Florestas Modelo (RIBM),
as Florestas Modelo “são uma plataforma que combina as
necessidades sociais, culturais e econômicas das comunidades locais,
com a sustentabilidade de grandes paisagens em longo prazo, em que a
área florestal desempenha um papel importante. Trata-se de uma
iniciativa voluntária, conformada por uma ampla base que envolve o
uso da terra dentro de uma área em específico”.
A
reunião da RIABM ocorre
com periodicidade anual e reúne membros dos quinze países que
compõem a rede e promove a troca de experiências e deliberações
para o fortalecimento do mecanismo de gestão territorial.
A
proposta de criação da Floresta Modelo estava em
discussão há mais de cinco anos pelo Serviço Florestal Brasileiro
(SFB) em parceria com a
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA),
o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),
as Secretarias Municipais de Meio Ambiente de Santarém, Belterra e
Aveiro, além de outras instituições públicas, de Organizações
Não Governamentais, e da sociedade civil organizada como os
movimentos sociais e instituições representativas de classe.
O
Território está localizado no Oeste do Estado do Pará, na região
conhecida como Baixo Amazonas, onde Rio Tapajós se une ao Rio
Amazonas. Neste território predomina a floresta tropical úmida com
uma cobertura florestal de cerca de 78% da área. Cabe destacar que o
Estado do Pará é o segundo maior do Brasil, com uma superfície
total de 1.253.164 quilômetros quadrados e que a área da Floresta
Modelo é de 40.803 quilômetros quadrados, o que representa 3,27% do
Estado.
Conceitualmente
a Floresta Modelo é um processo social baseado em uma abordagem
inovadora na qual há uma diversidade representativa de atores
trabalhando juntos em direção a uma visão comum: o desenvolvimento
sustentável de um território extenso, onde o ecossistema da
floresta desempenha um papel importante.
Um
dos principais aspectos positivos das florestas modelo é o trabalho
colaborativo entre os parceiros/sócios que passam a fazer parte de
redes nacionais, regionais e internacionais, através das quais
compartilham suas experiências mediante colaboração horizontal,
reforçam capacidades, fortalecem lideranças locais, além de servir
de plataformas efetivas para o desenvolvimento rural.
No
Brasil, a experiência foi implantada em 2004 no estado de Minas
Gerais com o Bosque Modelo da Mata Atlântica e do Bosque Modelo de
Pandeiros em 2005, que a partir de 2013 passou a ser chamado de
Mosaico Sertão Veredas Peruaçu. Em 2014 ocorreu a criação do
Bosque Modelo de Caçador em Santa Catarina.
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